São Paulo em dois tempos (1911-1954)
O papel do edifício do Theatro Municipal de São Paulo na gênese das modernidades paulistas referentes à virada do século XX e à comemoração do IV Centenário da Cidade
Palabras clave:
modernidade, restauro, reforma, ecletismo e modernismoResumen
O presente trabalho tem como objetivo abordar os conceitos de modernidade mobilizados pelas transformações urbanas da cidade de São Paulo em dois momentos (1911-1954) a partir da história de um de seus edifícios representativos: o Theatro Municipal. Serão analisados os períodos que compreendem a primeira metade do século XX, sendo enfatizadas a etapa de feitura do edifício do Theatro (1903-1911) e sua primeira grande intervenção (1952-1955), que corresponde à comemoração do IV Centenário da Cidade (1954). O edifício em questão interessa justamente por ter sido concebido dentro dos parâmetros do ecletismo, em um momento no qual esse correspondia ao ideal de modernidade, e reformado em outro momento posterior, no qual se complexificavam as relações entre modernidade e modernismo, que passou a negar o ecletismo como tal. Essa complexidade, materializada em uma concepção de modernidade que simultaneamente nega o ecletismo como estilo autêntico, mas se dedica a reformar um objeto eclético como o Theatro, pretende ser entendida à luz dos demais acontecimentos urbanos paulistanos coetâneos, como é o caso da criação do conjunto do Parque do Ibirapuera (1953-1955), da restauração da Casa Bandeirista do Butantã (1954), da demolição dos remanescentes do Pateo do Colégio (1954) e da conclusão da construção da Catedral da Sé (1954). Para cumprir com tal objetivo, foram mobilizadas fontes documentais e bibliográficas, na forma de projetos de arquitetura, fotografias, publicações especializadas, teses e dissertações, referentes a ambos os contextos abordados.
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Citas
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