TY - JOUR AU - de Medeiros, Gabriel Leopoldino Paulo PY - 2017/06/30 Y2 - 2024/03/28 TI - “Essa mensageira do progresso”: a ferrovia Natal a Nova Cruz e os primórdios da rede urbana no Rio Grande do Norte (1873-1913) JF - Registros. Revista de Investigación Histórica JA - Registros. Revista de Investigación Histórica VL - 13 IS - 1 SE - Artículos DO - UR - https://revistasfaud.mdp.edu.ar/registros/article/view/112 SP - 77-96 AB - <p>A Estrada de Ferro de Natal a Nova Cruz constituiu a primeira linha férrea do Rio Grande do Norte, interconectando a capital potiguar com as cidades e regiões produtivas ao Sul da província em fins do século XIX. Construída entre 1879 e 1883, essa via desempenhou papel primordial no desenvolvimento urbano de Natal, a partir do incremento de sua economia – como ponto de escoamento portuário de produtos, principalmente do açúcar – e também em uma perspectiva regional ao interconectá-la com outras capitais nordestinas, como Cidade da Paraíba e Recife, ao ser encampada pela companhia inglesa <em>Great Western Railway Company</em> em 1901.</p><p>Este trabalho tem como objetivo analisar a conjuntura de implantação dessa ferrovia no território norte-riograndense e suas implicações na economia espacial da região e cidades abrangidas, apontando elementos ao estudo da formação de uma rede urbana encefálica capitaneada por Natal.</p><p>Metodologicamente, parte-se de dois principais eixos de análise: a construção das infraestruturas – caminhos, pontes, estações – e o desenvolvimento econômico da estrada – movimento de mercadorias e passageiros, receitas e despesas. A análise relacional entre esses dois vieses permite a compreensão de como se dava a distribuição espacial das receitas das estações da referida linha aferindo, assim, relações comparativas nesse esquema de concentração. O recorte temporal parte do ano de assinatura do contrato da ferrovia (1873) ao ano seguinte (1913) àquele em que sua estação terminal é transferida para a cidade de Itamataí, na Paraíba, alterando assim a lógica de fluxos preestabelecida. As principais fontes primárias de pesquisa são os Relatórios de Governo do Rio Grande do Norte e os Relatórios do Ministério de Viação e Obras Públicas, órgão responsável pela fiscalização das vias férreas brasileiras nas primeiras décadas do século XX.</p> ER -