Convocatoria abierta para el próximo volumen 19, número 1 (enero-junio) y número 2 (julio-diciembre) 2023

2022-12-02

RRIH convoca a la presentación de trabajos científicos inéditos y originales –artículos, debates epistemológicos– así como reseñas de libros y archivos, para el próximo volumen 19, número 1 (enero-junio) y número 2 (julio-diciembre) 2023 bajo el tema:

A cidade da arquitetura moderna: história, projeto e forma urbana

Editor responsable: Horacio Torrent 
Escuela de Arquitectura, Facultad de Arquitectura, Diseño y Estudios Urbanos. Pontificia Universidad Católica de Chile

Editora invitada: Claudia Costa Cabral 
Programa de Pós-Graduação em Arquitetura (PROPAR). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil

Propõe-se abordar, nos dois números do ano de 2023, a interpretação histórica do amplo escopo de relações entre arquitetura moderna e cidade, com ênfase na América Latina. O primeiro número concentrará a atenção no período 1920-1950, enquanto o arco temporal para o segundo será 1950-1980.

No campo ampliado da forma arquitetônica e urbana coexistem as razões propriamente técnicas, estéticas e produtivas, com aquelas de ordem social, econômica ou política. O projeto urbano, ou a dimensão urbana do projeto arquitetônico, é uma categoria que propomos frequentar como chave para a interpretação histórica, liberada das habituais obsessões formalistas da arquitetura e do pensamento tecnocrático da planificação urbana. Trata-se de uma escala particular de intervenção, que define as condições espaciais e morfológicas de uma parte ou setor da cidade por meio de traçados, fracionamentos, modos de ocupação, tipos edilícios e tipologias de espaços públicos. Do mesmo modo, parece oportuno rever o paradigma hierárquico do territorial ao urbano, manifesto na sequência de planos do geral ao particular, bem como relativizar a convicção optimista inerente à confiança no progresso técnico. Romero afirmou que a crise de 1930 unificou visivelmente o destino latino-americano.
O êxodo rural, "a ofensiva do campo sobre a cidade", manifestou-se na explosão demográfica e urbana que mudou a fisionomia das cidades em todo o continente. Três situações, não necessariamente cronológicas, podem identificar as mudanças teórico-disciplinares, culturais e materiais para assumir essa modificação da fisionomia tanto no nível metropolitano quanto em cidades médias e pequenas, que habitualmente não têm sido consideradas pela historiografia.
Uma primeira situação esteve marcada pela necessidade de fazer frente aos desafios do crescimento urbano, da promoção e controle da cidade como parte integrante do sistema econômico. A transformação urbana latino-americana, mesmo com seus descompassos temporais, segundo os casos, foi a  manifestação do impulso à economia urbana e à indústria da construção que, por sua vez, demandava a regulamentação, promoção e controle de novas tipologias –dos arranha-céus às agrupações de bairro–, que na sua maioria assumiram as lógicas do traçado e do parcelamento preexistentes.
Uma segunda situação afirmou a dimensão da produção construtiva, libertando-se das restrições do traçado e gerando um tecido  alternativo à cidade existente, ora incorporando uma relação com a natureza,  ora afirmando a autonomia da forma arquitetônica, tanto em setores internos da  cidade construída como em sua expansão periférica.
Uma terceira situação é provocada pelo desafio das cidades no desenvolvimento nacional, adesão aos ideais de planejamento e  padrões de crescimento físico. Nela se poderiam incorporar desde a tensão entre as  escalas do planejamento e da arquitetura, até, paradoxalmente, as pretensões de assumir na arquitetura a dimensão da  infraestrutura urbana. A arquitetura poderia atribuir-se a dimensão da própria cidade em vários sentidos: seu tamanho, sua dinâmica orientada pela circulação, pela flexibilidade e espontaneidade de suas múltiplas atividades, assim como a representação  coletiva em sua própria materialização e escala.
Os dois números se propõem a debater as aproximações históricas tanto às teorias como às práticas que, no âmbito disciplinar, assumiram os desafios da construção da cidade moderna. Esperam-se trabalhos que, a partir de pesquisas originais, problematizem as múltiplas implicações que a história nos convida a interpretar.

Eixos temáticos:
✓ Debates, teorias e confrontos práticos.
✓ Arenas culturais, arquitetura moderna e forma urbana.
✓ A ideia de cidade na arquitetura moderna.
✓ A arquitetura como intervenção urbana.
✓ Natureza, arquitetura moderna e projeto urbano.
✓ Meio-ambiente, clima e cidade moderna.
✓ Processos produtivos e arquitetura urbana moderna.
✓ Fricções entre planos e projetos urbanos.
✓ Dialéticas entre planificação e morfologia.
✓ Os limites instrumentais do projeto urbano.
✓ Operações escalares e arquitetura moderna.
✓ Tensões entre arquitetura moderna e traçado urbano.
✓ A arquitetura moderna e a quadra urbana.
✓ Autonomia do bloco e do superbloco no tecido urbano.
✓ Projeto de arquitetura como infraestrutura urbana.