Concreto armado, prelúdio da modernidade
O papel do Grande Hotel na verticalização do Rio de Janeiro
Palabras clave:
primeira metade do Século XX, cultura tectônica moderna, Antonio Jannuzzi, Emílio BaumgartResumen
Nas primeiras décadas do século XX, os Grandes Hotéis começaram a fazer parte da paisagem urbana do Rio de Janeiro, abrigando um programa arquitetônico que buscava atender a novas demandas sociais e culturais da cidade que se modernizava. Este trabalho analisa o processo de verticalização da cidade a partir dos principais Grandes Hotéis projetados e/ou inaugurados nas décadas de 1910 a 1930. A partir do estudo de caso dessas edificações e de seus agentes, o objetivo principal é demonstrar como o uso do concreto armado a partir da década de 1910 desenvolveu-se na década seguinte até se configurar como referência internacional da arquitetura moderna brasileira nos anos 1930. Para essa demonstração, o artigo apoia-se na análise dos métodos construtivos, nas trocas internacionais, na formação e atuação dos principais arquitetos e engenheiros na época. O acidente ocorrido durante a construção do The New York Hotel (1917) é apresentado como exemplo da substituição paulatina, da geração pioneira de profissionais de ofícios esquecidos, por engenheiros e arquitetos diplomados que formaram a cultura tectônica moderna do concreto armado.
Descargas
Citas
Belchior, E., & Poyares, R. (1987). Pioneiros da Hotelaria no Rio de Janeiro (1a edição). Senac.
Cabral, M. C., & Paraízo, R. C. (2018). Presença Estrangeira. Arquitetura no Rio de Janeiro. 1905-1942 (1a edição). Rio Books.
Cattan, R. (2003). A Família Guinle e a Arquitetura do Rio de Janeiro: Um capítulo do ecletismo carioca nas duas primeiras décadas do novecentos. PUC-Rio.
Código Penal dos Estados Unidos do Brazil, (1890). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1851-1899/d847.htm
Decreto, Nº 3.724 (1919). https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1910-1919/decreto-3724-15-janeiro-1919-571001-publicacaooriginal-94096-pl.html
Drexler, A. (1975). The Architecture of the École des beaux- arts: an exhibition presented at the Museum of Modern Art, New York, October 29, 1975-January 4, 1976: [catalog]. The Museum of Modern Art of New York.
Companhia Constructora em Cimento Armado. (1917, junho 02). Correio Da Manhã, 6688, 09.
Corpo de consultores technicos que prestigiam a Engenharia. (1912, novembro). A Engenharia, 02.
Ecos do desmoronamento do ‘York-Hotel’—Teve alta hoje mais uma das victimas. (1917, agosto 19). A Rua, 226, 03.
Está em terra o convento da Ajuda – o que vai ser feito ali – a Rio de Janeiro Hotel Company – duas novas ruas. (1912, abril 20). A Noite, 02(239), 01.
Ferrez, M. (1983). O album da Avenida Central: Um documento fotográfico da Avenida Rio Branco, Rio De Janeiro, 1903-1906 (1ª edição). Joao Fortes Engenharia.
Fonseca, R. da. (2016). Escritório Técnico Emílio H. Baumgart: Escola do Concreto Armado e a Arquitetura Modernista Brasileira. PPG/FAU/UNB.
Hermes, M. H. F. (2007). O antigo Hotel Balneário Sete de Setembro: Arquitetura eclética de tendência clássica. 19&20 – a revista eletrônica de dezenovevinte, II(3). http://www.dezenovevinte.net/arte%20decorativa/hotel_balneario.htm
Hermes, M. H. F. (2012). A arquitetura dos italianos na cidade do Rio de Janeiro: 1890 a 1930. PPGAV/EBA/UFRJ.
Hotel Guinle – Será moldado pelos Hoteis americanos. (1912, outubro). A Engenharia, 01, 03.
Mestres, Architectos e Senhorios. (1911, março 25), O Brasil Artistico: Revista Da Sociedade Propagadora Das Bellas-Artes, 01, 226.
O desabamento da rua da Carioca—Antonio Jannuzzi, Filhos & C. (1917, junho 14). O Imparcial: Diário Illustrado Do Rio de Janeiro, 1623, 05.
O desmoronamento do prédio do New York Hotel. (1917, junho 11). O Imparcial: Diário Illustrado Do Rio de Janeiro, 1620, 05.
O desmoronamento do ‘York-Hotel’ – o tijolo como pivot da questão que se agita em torno do triste caso…. (1917, junho 10). A Rua, 156, 02.
Pereira, S. (2002). O Ensino de Arquitetura e a Trajetória dos Alunos Brasileiros na École des Beaux-Arts em Paris no Século 19. Anais do XXII Colóquio Brasileiro de História Da Arte - CBHA, Porto Alegre/RS.
Projecto para a construcção de uma estação-hotel para a Estrada de Ferro Central do Brasil, na Praça da Republica. (1912, dezembro). A Engenharia, 03.
Rabelo, C. (2011). Arquitetos na cidade. Espaços profissionais em expansão. [Rio de Janeiro, 1925-35]. FAUUSP.
Ritz-Carlton – o suntuoso hotel que vai ser uma das maravilhas do novo Rio. (1912, junho 2). Gazeta de Notícias, 36(154), 01–02.
Segawa, H. (2018). As praias desertas continuam esperando por nós dois: O Flamengo e o Hotel Central. Anais Do VI Colóquio Internacional Sobre Comércio e Cidade: Uma Relação de Origem-CINCCI, São Paulo, FAUUSP/LABCOM.
Spolon, A. P. (2014). Breve história dos meios de hospedagem no Brasil e no mundo, Hotelaria. (Vol. 1). Fundação CECIERJ.
Uzeda, H. C. da. (2006). Ensino Acadêmico e Modernidade. O curso de arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes 1890-1930. PPGAV-EBA-UFRJ.
Vasconcelos, A. de. (1992). O concreto no Brasil: Recordes – realizações – história. Pini.
Zonis, N. (2021). Grandes Hotéis Centrais no Rio de Janeiro (1908-1922): da construção ao arrasamento dos edifícios. [Monografia de conclusão de curso de graduação, FAU-UFRJ]. http://iabrj.org.br/arqamanha2021/
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
ARK
Licencia
Derechos de autor 2023 Registros
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/