Arquitetura moderna e patrimônio na modernização do bairro de Santo Antônio no centro histórico do Recife (1946-1979)
Palabras clave:
verticalização, patrimônio, Brasil, urbanismo modernoResumen
O centro do Recife, particularmente os bairros de Santo Antônio e São José, passou por grandes transformações nas décadas intermédias do século XX, com a abertura de novas avenidas e um intenso processo de verticalização que provocou a destruição de muitos edifícios coloniais e ecléticos. Este momento também assistiu ao início do reconhecimento e proteção do patrimônio histórico local, com a instalação, em 1946, do 1º Distrito da Diretoria de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, e à afirmação da arquitetura moderna na cidade. Logo, esta dinâmica de modernização da cidade do Recife foi uma arena de conflitos, interesses e experimentações expressos nos documentos referentes aos processos de aprovação dos novos edifícios no centro histórico. O debate provocado pela inserção desses novos edifícios é um campo privilegiado para se estudar o diálogo entre os profissionais da preservação, que buscaram controlar a verticalização das áreas centrais, e os arquitetos modernos, que buscaram implementar os novos valores desta arquitetura. Este artigo tem como objetivo identificar os processos de negociação e as estratégias adotadas pelos arquitetos para a aprovação de edifícios modernos no centro histórico do Recife, analisando três casos específicos da construção de edifícios altos no entorno de monumentos religiosos no bairro de Santo Antônio.
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