Coqueiros de beira mar

Arranha-céus e morar nordestino na verticalização da cidade de João Pessoa (1950-1970)

Autores/as

Palabras clave:

verticalização, João Pessoa, Arranha-céu, morar nordestino, história urbana

Resumen

O artigo analisa o processo de verticalização da cidade de João Pessoa entre as décadas de 1950 e 1970, explorando as tensões entre modernidade e tradição, progresso e identidade local, a partir dos discursos mobilizados na composição de distintos imaginários. De um lado, a defesa da modernidade consubstanciada na figura dos arranha-céus, de outro, a defesa de modos de vida e ocupação do espaço ancorados na ideia de um morar nordestino, expressão de maior autenticidade cultural e regionalmente enraizada. Delimitando um período-chave de expansão da área urbana da capital paraibana, nessas décadas a verticalização e a casa unifamiliar personificaram duas formas de pensar o crescimento urbano, dois modelos de ocupação territorial, cada um deles apontando para modos de morar divergentes, em sintonia ou desacordo com as sugestões do clima e da cultura locais. Refletindo tensões que permearam os debates acerca da verticalização no Brasil desde os anos 1920, esse episódio da história urbana da capital paraibana particulariza-se ao submeter a verticalização e seu imaginário a condicionantes culturais que ampliavam o discurso crítico em torno dos arranha-céus e sua pertinência local, vistos para além de seus aspectos econômicos, higiênicos ou morais.

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Biografía del autor/a

Francisco Sales Trajano Filho, Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, Brasil.

Arquiteto, Doutorado em Arquitetura e Urbanismo. Professor do Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo. Avenida Trabalhador São-Carlense, 400, Centro 13566-590, São Carlos SP, Brasil.

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Publicado

2025-12-01

Cómo citar

Trajano Filho, F. S. (2025). Coqueiros de beira mar : Arranha-céus e morar nordestino na verticalização da cidade de João Pessoa (1950-1970). Registros. Revista De Investigación Histórica, 21(2), 167–187. Recuperado a partir de https://revistasfaud.mdp.edu.ar/registros/article/view/745

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