Estado, tecnologia e sociedade nas infraestruturas que cruzam o rio Paraná (Argentina) na segunda metade do século XX
Palavras-chave:
infraestructuras, desarrollismo, paisaje, sublimeResumo
A região da Mesopotâmia (Argentina) foi historicamente separada do resto do território pela presença do rio Paraná, um dos dez maiores rios do mundo. Este isolamento físico foi resolvido na segunda metade do século XX através de obras rodoviárias, num quadro político e econômico orientado pelo desenvolvimentismo como modelo teórico. As infraestruturas construídas para este fim fizeram uso de tecnologias de concreto e aço para atingir seus objetivos funcionais e atualmente não passam despercebidas no ambiente natural que as cerca. O estudo seleciona três trabalhos relacionados às conexões territoriais: Complexo Ferrovial Zárate-Brazo Largo, Tunel Subfluvial Uranga-Sylvestre Begnis e Ponte General Manuel Belgrano; que, como artefatos, entram em relação com os outros componentes da paisagem que os cerca. A noção de sublime tecnológico seja retomada, os estudos de caso são analisados à luz desta categoria, considerando seus contextos de produção e percebendo sua importância, tanto para o Estado (o que significava a construção do território), como sociedade (na constituição de um imaginário tecnológico ao longo do tempo).
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